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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

árvore

Nesta terçar-feira peritos do Instituto médico legal
acharam restos mortais de uma árvore.
A notícia logo chamou a atenção da redação do jornal
que mandou rapidamente uma equipe ao local
em poucas horas a notícia estava em todas as capas de revista.
mas porque tanta aflição dos jornalistas?
com uma árvore morta?
não era uma árvore qualquer
...era uma árvore de natal.

Caio Fernandes

maoísmo

Você é tão linda quanto a Revolução Chinesa
Pelo brilho dos teus olhos começava uma Guerra Popular
Seria camponês, operário com idéias na cabeça e esperança nas veias
Leria o manual do "verdadeiro" revolucionário
e professava um novo sonhar
Não mais um sonho de EUs
Seriam sonhos de Nós

caio fernandes

O sorriso escapado




Um sorriso me escapou os lábios
no meio de teu beijo

não consegui segurar o danado
que ficou encantado
com teus olhos fechados
e com a liberdade dos teus desejos

sorriso danado
sorriso fujão
escapou rapidamente
festejando o fim da solidão

caio fernandes

vou-me embora para Havana

vou-me embora para Havana
Lá sou camarada de Fidel
Lá tenho o livro que eu quero
e leio diante do Céu do caribe
vou-me embora para Havana

vou-me embora para Havana
aqui não sou feliz
Lá a existencia é uma luta
ouvindo buena vista
ao lado de Martí

Lá tem educação paratodo mundo
Há também submundo
Onde não Há?

Em Cuba ainda há restos desocialismo
apesar de turismo
Vou-me Embora para lá.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mares de Morro

                                                       *para Jequié essa cidade arcaica.

mares de morro á navegar
surf? surf não há
mas há surfistas
que sobrevivem sem mar
nuvens? poucas são elas
que diante de sol escaldante
se negam a se formar
mas são as ondas dos morros
por todos lados
não importa quantos lados tenham esta cidade
por todos eles estarão, os morros
que exilados vivos como eu morrem de saudade

Caio Fernandes

domingo, 6 de dezembro de 2009

Páginas de um amor “platônico”



Páginas e páginas de livros
Lidos, marcados, devorados

Páginas que não falam de ti
Páginas que nada falam de nos

Nossa história não anda em páginas
Não pode ser lida nem pode ser vivida

Única são as páginas que não foram escritas
Para não serem lidas
Para não serem copiadas ou destruídas

Pois os livros com suas páginas envelhecem
Apodrecem e se transformam em poeira

Mas nossa historia não!
Nunca foi escrita
E assim permanecerá intocável
Pelas garras do tempo.

caio fernandes
Foto: caio fernandes

Acabou

Acabou o carnaval.
Anunciou o céu da manhã do dia que nasceu

por Caio Fernandes

Frevo feliz

Sabe aquele frevo feliz?
Pois é
Eu não lembro o que diz

Sabe aquele povo feliz?
Pois é
Não vejo por aí.

Por caio Fernandes