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domingo, 25 de dezembro de 2011

Na Ausência

Na ausência de um desterro.
um beijo.
Na ausência de um acerto
um erro.
Na ausência de um espelho
o degredo.
Na ausencia de um Abrigo
o exílio.
Na ausência de uma rosa
Jasmim.
Na ausência de um perdão
um fim.
Na ausência de um não
um sim.

Caio Fernandes

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Menino e o Tempo - Parte I

Cresce, disse o Tempo ao menino. Mas o menino não entendeu muito bem o sentido da palavra crescer. Então o Tempo repetiu, cresce. O menino se ressentiu. Já sou grande! Cresce! insistiu o Tempo. O menino cruzou os braços como forma de rejeição. Não enchergar que já tens barba? Ou cresce ou vai sofrer por amor! ameaçou o Tempo. O menino na dúvida entre crescer ou não... como se fosse possível não crescer, perguntou se ao crescer não sofreria por amor e o Tempo respondeu risonho... Claro que não, crescerá e o amor é o amor... sempre assim felicidade e dor.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mudou de camisa



Trocou nosso manto sagrado
Por um pano de chão
E ainda dizem  
 Que “futebol é paixão”

Quando foi contratado
Chegou aclamado
Trazendo esperança
E motivação

beijou nosso distintivo
nossa torcida deu  incentivo
E logo em seguida a frustração

Mudou de camisa 
Por uma promessa de salário
deixou o estádio sem canção

o time escolhido era o adversário
logo no nosso centenário
essa desilusão

a multidão rival
vai gritar teu nome
vai fazer carnaval
e será a próxima vitima
do teu empresário
mais um mercenário
atrás do capital

“Nunca mais caiu nessa”
Dizia o torcedor,
dando a sentença final
Esperando a nova contratação
Que vinha do rival

O funk da classe media é descontraído
 O arrocha da classe media é engraçado
O rock da classe media é mais trabalhado
O reagge da classe media é roots
O pagode mais desbocado

E o samba da classe média?
Não tem como negar
é mais popular

será?

Verão


Eram as primeiras horas daquele verão que passavam  sincronizado com os passaros piando
Iniciara com um sol claro, céu sem nuvens, sopro leve carregam folhas que  balançam no ar
A vontade de ir a praia aumenta gradualmente com o abrir dos olhos
Ao chegar  da janela percebe-se, o verão chegou
Mas a vontade vai ter que esperar
Pois da minha janela
Vejo uma cidade
Sem mar

terça-feira, 1 de novembro de 2011

acostumando

a boca da gente acostuma
o olho da gente acostuma
o corpo da gente acostuma

até a cabeça da gente acostuma

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A baixo

Gritar baixo?
munca mais!
pelo contrário
quero que os de baixo
gritem alto
e derrubem
os que do alto
exigem silêncio

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lirio do Vale.

Lirio do vale,
planta miuda 
Oh! florzinha bonita que meu deus criou

Se vale quanto pesa
a saudade vale muito, sim senhor!
mas vale mais que saudade
é no sertão plantar uma flor.



caio fernandes

quarta-feira, 20 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mais-valia

Bicho-da-seda
trabalhador
me diz quanto é teu salário
que eu te mostro seu valor

Caio Fernandes

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sobre a dialética Zapatista

As mascaras que escondem as faces, não são apenas uma questão de segurança, são uma resposta a invisibilidade de uma sociedade capitalista racista que nega o direito de existir. A mascara é uma forma de negar a nossa negação.
 *Homenagem aos companheiros do Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) em luta permanente na região de Chiapas.
 Caio Fernandes

quinta-feira, 21 de abril de 2011

eldorado

Aja o que houver
passe o tempo que passar
não vamos esquecer
Eldorado dos Carajas

caio fernandes

quarta-feira, 20 de abril de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pedagogia da saudade

Ando aprendendo coisa nova
com a distancia
com o tempo que passa
que vai trazendo a lembrança
Ando aprendendo com a saudade
e sua estranha pedagogia

quinta-feira, 31 de março de 2011

(sem titulo)

se a gente se quer...

quem não há de querer?

só o tempo para saber.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Memórias Seletivas

as pessoas tem memórias seletivas
esquecem o que querem esquecer
Esquecer ou Lembrar?
tanto faz
se o verbo for Aprender!

Caio Fernandes